sexta-feira, 22 de maio de 2009




"Brincar com a criança não é perder tempo,é ganhá-lo.Se é triste ver meninos sem escola,mas triste ainda é vê-los enfileirados em salas sem ar,com atividades estéreis sem importância alguma para a formação humana".


Carlos Drumonnd de Andrade

sábado, 16 de maio de 2009


“Educação é um processo contínuo que orienta e conduz o indivíduo à novas descobertas a fim de tomar suas próprias decisões, dentro de suas capacidades”.



Fábula: O Leão e o Rato



Um Leão foi acordado por um Rato que passou correndo sobre seu rosto. Com um salto ágil ele o capturou e estava pronto para matá-lo, quando o Rato suplicou:
- Se o senhor poupasse minha vida, tenho certeza que poderia um dia retribuir sua bondade.
O Leão deu uma gargalhada de desprezo e o soltou.
Aconteceu que pouco depois disso o Leão foi capturado por caçadores que o amarraram com fortes cordas no chão.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou, roeu as cordas e libertou-o dizendo:
- O senhor achou ridícula a idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer compensação pelo seu favor; Mas agora sabe que é possível mesmo a um Rato conceber um favor a um poderoso Leão.



Moral da História:



*Uma boa ação ganha outra.
*Não se ache melhor que os outros, pois todos são iguais...

Releitura da Fábula "A Cigarra e a Formiga"





Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono a formiguinha trabalhou sem parar a fim de armazenar comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem da conversa com os amigos ao final do expediente de trabalho para tomar uma cerveja.
Seu nome e sobrenome eram trabalho. Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos, nos bares da cidade. Não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu para valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.
Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha exausta entrou em sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Mas, alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca e quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu.
Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari com um maravilhoso casaco de vison. E a cigarra falou para a formiguinha:
- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você podia cuidar de minha toca?
E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas, mas o que aconteceu que você está com esta Ferrari e vai para Paris?
No que a cigarra responde:
- Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz e fechei um contrato de seis meses para fazer showsem Paris. A propósito, amiga, deseja algo de lá?
A formiguinha respondeu:
- Desejo, sim, se você encontrar por lá um tal de La Fontaine, mande ele tomar ...
Moral da história:
Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine.

Projeto Mundo das Fábulas


Objetivo:

*Por meio deste projeto espera-se que os alunos sejam capazes de:

* Reconhecer o gênero fábula em meio a outros gêneros;

* Fazer antecipação de fatos com base no título ou no desfecho do texto;

* Reconhecer nos textos lidos, diferentes recursos discursivos, tais como inserção de vozes, uso de conectivos argumentativos, entre outros;

*Construir textos respeitando as características essenciais do gênero fábula;
*Reconhecer e utilizar nos textos construídos relações de causa e efeito;

* Organizar cronologicamente os fatos apresentados no texto, utilizando articuladores temporais para narrar a história;
* Apropriar-se dos procedimentos de revisão textual, compreendendo-os como parte integrante do processo de produção de texto.


Conteúdo específico:


* Leitura e escrita de fábulas,
* Comportamentos escritores: planejar, textualizar, revisar.


Desenvolvimento:


*O projeto se iniciará com a leitura de fábulas, como “A cigarra e a formiga” de Jean de La Fontaine. Será feita leituras coletivas e individuais e discussões que envolvam toda a turma. Devemos chamar a atenção para algumas características específicas deste gênero textual: presença de animais com características humanas, narração curta mas com início, meio e fim , uma mensagem ou ensinamento moral como desfecho da história.

*Questionarei sobre as fábulas que os alunos já conhecem e sugira que pesquisem e tragam para a sala de aula textos desse gênero. Nessa etapa, explorarei também o sentido da moral da história nas fábulas e o uso dos ditados populares, base das morais nas fábulas no cotidiano. Escreverei os provérbios em fichas móveis ou em um cartaz e questionarei em que momento e em que situação eles são usadas, o que se quer dizer com cada uma deles, etc.

*Cruzando essas informações com o uso nas fábulas, os alunos poderão perceber que a mesma moral pode ser usada em mais de uma história e que esta mensagem precisava ser decifrada e compreendida pelo leitor. O cartaz com os ditados ficará afixado em sala de aula.

*Em outro momento, apresentarei outras versões das fábulas lidas anteriormente, confrontando as diferentes versões e propondo que a turma discuta e justifique aquela que mais lhe agrada. Lançando então o desafio do projeto: a construção de um livro que reunirá fábulas produzidas pelos próprios alunos. Deixarei claro quem será o leitor final do material produzido, bem como todos os cuidados que precisarão ter durante o trabalho. Chama-se a atenção para aspectos como elaboração de uma narrativa compreensível e emocionante, o cuidado com ortografia e pontuação para que as idéias possam ser comunicadas – além de letra legível, limpeza e organização gráfica.

*Durante duas semanas, iniciarei as aulas com a leitura de uma fábula, ora trazida por eles, ora pesquisada pela professora. Deve-se criar situações de discussão sobre os textos lidos, que podem ser realizadas em grupos ou com toda a turma.

*Com os alunos já familiarizados ao gênero, será proposta a primeira produção de texto coletiva. Levantando com os alunos vários animais que poderiam ser personagens de sua primeira fábula. Anote a lista no quadro. Para direcionar a discussão, sugira que sejam animais rivais, por exemplo, – uma forma de restringir o universo de possibilidades e tornar mais fácil a elaboração da trama.

*Antes de iniciar a construção do texto, porém, deve-se leva-los a refletir sobre qual será a mensagem final. Recorrerei à antologia de ditados populares coletada no trabalho de pesquisa do início do projeto. Dentre as opções disponíveis, escolha com a turma um ditado, que orientará o desenvolvimento da narrativa. Feita a escolha, a turma parte para a discussão sobre os demais elementos da história, como o cenário, o conflito principal, os obstáculos e o desfecho.

*A revisão do texto pode ocorrer à medida que as idéias são colocadas pelos alunos, sempre chamando atenção à necessidade de se fazer compreender pelo leitor, mantendo-se também fiel às características do gênero.

*Após o desenvolvimento de algumas produções coletivas, solicite a construção individual de uma fábula. Nesse momento, a turma produzir á sem muitas intervenções, circularei pela sala e para observar em que pontos estão os maiores desafios. É comum que as crianças tenham dificuldade em relacionar a narrativa à mensagem final, o que deve ser trabalhado ao longo das produções.

*Leitura dos textos e observações individuais sobre as dificuldades específicas de cada um. Para tratar de questões comuns à turma como um todo, proponha uma discussão coletiva. Sugira uma segunda produção individual, em que os alunos possam optar por escrever uma nova fábula ou reescrever sua primeira produção. Parta então para a revisão textual coletiva de um dos textos, ressaltando que esse procedimento faz parte da rotina de todo escritor. Acompanhe individualmente os alunos e traga para uma discussão coletiva questões relevantes para o grupo como um todo, sem necessariamente explicitar o autor do texto. Nas duas situações, é essencial preservar a idéia e a forma narrativa do aluno, as sugestões e alterações devem visar apenas a melhor comunicação e a adequação do texto às características do gênero.

*Mesmo reconhecendo a importância de revisar o texto escrito, é comum que alguns alunos apresentem resistência à proposta, principalmente se a revisão do mesmo texto é solicitada mais de uma vez. Considere que os alunos precisam de um distanciamento em relação à sua produção, o que requer alguns dias de pausa entre produção e revisão.

*Com um conjunto de fábulas produzidas, construa coletivamente o livro que será entregue aos leitores determinados por você e pelo grupo. Garanta um momento para eventuais trocas entre leitores e autores-mirins. Produto final O produto final é a criação de um livro coletivo de fábulas.

Avaliação :


Análise das produções dos alunos, verificando a aprendizagem das características textuais da fábula e desenvolvimento da revisão sobre aspectos discursivos e textuais que ele realiza.

Literatura Infanto-Juvenil


Contar história é uma arte que nasceu antes da história e tem na oralidade seu passado mais distante. A literatura infanto-juvenil surge, pois, da arte de recriar as fantasias da memória popular.Na Antigüidade clássica os contos tradicionais eram, na maioria dos casos, representados por adultos com função moralizante de educar, corrigir e zelar pela formação das crianças, e, por isso, modelos fechados de heróis, anti-heróis ou vilões que misturavam realidade e fantasia, de modo a atender aos interesses da sociedade de uma época. (KHÉDE, 1986, p.16; 20) A partir dessa afirmação, cito como exemplo de texto usado as fábulas, que no fim sempre tem uma lição de moral.
As obras literárias ainda, pode-se dizer, não eram feitas para as crianças. Através das leituras realizadas, constato que a literatura infanto-juvenil aflorou com as obras de Monteiro Lobato, Cecília Meirelles, Lygia Bojunga, entre outros.
Monteiro Lobato em suas obras retrata bem a realidade infantil. Ele faz com que a criança adentre num mundo mágico e real (verossimilhança). A Emília representa aquelas crianças que estão sempre em busca dos “Porquês”, que querem mudar o mundo, transformando em algo que para ela é o ideal.É a mistura do real com o imaginário que encanta tanto a criança quanto o adulto.


“Deve-se aprender lendo mais em profundidade do que em largura”.
Quintiliano

O Poder da Educação


Tudo depende das primeiras sementes,se elas são bem semeadas,pode-se prometer que um dia produzirão os mais belos frutos,quer se trate de plantas,animais ferozes ou domesticados,quer se trate de homens.

É verdade que o homem já é naturalmente doce;mas quando a um homem feliz por natureza se junta uma educação exelente,ele se torna,o mais doce dos animais,o ser mais próximo da divindade;ao passo que,se ele recebe uma educação defeituosa ou maléfica,torna-se o mais feroz dos animais produzidos pela terra.(Platão,Leis,Livro VI)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

As crianças aprendem o que vivem



Se uma criança vive sendo criticada aprende a condenar. Se uma criança vive com hostilidade aprende a brigar. Se uma criança vive envergonhada aprende a sentir-se culpada. Se uma criança vive com tolerância aprende a confiar. Se uma criança vive valorizada aprende a valorizar. Se uma criança vive com igualdade aprende a ser justa. Se uma criança vive com segurança aprende a ter fé. Se uma criança vive com compreensão aprende a acreditar em si própria. Se uma criança vive com amizade e carinho aprende a encontrar o amor no mundo.